sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

MEDINAcreditável

Gabriel Medina treina em Pipeline (Foto: reprodução Instagram)


No pico mais famoso do surf mundial, Gabriel Medina foi gigante. As ondas de Pipeline no Havaí são um parque de diversão para uma galera corajosa que se arrisca nos famosos tubos. Mas dessa vez, as ondas não foram as melhores. A janela que começou dia nove de dezembro, sofreu com vários dias de péssimas condições marítimas e consequentemente, sem competição.

O campeonato reuniu em 11 etapas pelo mundo, os 32 maiores nomes do esporte como o americano Kelly Slater, que é dono de 11 títulos mundiais. Medina venceu três fases enquanto o australiano Mick Fanning, que poderia causar problemas ao brasileiro, havia sido campeão em duas. 

Na bateria de número seis contra o havaiano Dusty Payne, Medina passou fácil e já tirou Kelly Slater da disputa pelo título. Pouco depois, Slater foi eliminado por Alejo Muniz. Sendo assim, era preciso esperar o resultado da bateria entre Mick Fanning e o francês Jeremy Flores. O australiano fez 10.84, passou de fase e adiou o título. 

Toledo, Medina e Kerr disputaram a segunda bateria do quarto round. Toledo manteve-se na primeira posição até o final e perdeu o posto quando o número 1 do ranking fez 8.67 na última onda. Mick Fanning ficou em segundo lugar na terceira bateria foi para a repescagem contra Alejo Muniz. 

Enganou-se quem pensou que Gabriel Medina brilharia sozinho nesta sexta-feira. Enquanto Medina entrava na água para disputar com Filipe Toledo, Alejo Muniz eliminou Fanning e foi o algoz dos dois adversários do campeão. Gabriel abandonou a bateria para a comemoração merecida com a torcida, voltou minutos depois e conseguiu passar para a fase seguinte. Incansável! O título inédito do campeonato mundial ainda era pouco. Ele venceu Josh Kerr e foi para a final do Billabong Pipe Masters contra Julian Wilson. Medina manteve o foco mesmo depois de ser campeão e chegou bem perto do título da etapa do Havaí, mas Wilson levou a melhor.

A ousadia de Medina foi um diferencial durante o torneio. O garoto aproveitou as ondas que mais se encaixam com o estilo dele para fazer manobras aéreas e subir a pontuação no placar. Gabriel surfa com o pé direito na frente da prancha, portanto a onda Pipeline, que quebra para a esquerda, é a preferida. Mesmo com a pressão da mídia, o garoto de Maresias mostrou que apesar da pouca idade é maduro o suficiente para encarar os desafios. 

Miguel Pupo, Alejo Muniz, Mineirinho e Filipe Toledo também merecem o devido reconhecimento pelo belo trabalho no circuito mundial. A torcida brasileira mostrou apoio incondicional seja nas areias de Pipe ou nas redes sociais. O surgimento de um ídolo pode aumentar a visibilidade do esporte no Brasil e fazer com que o surf seja mais do que um lazer.

Quem disse que não somos radicais? Se no skate temos Bob Burnquist, no surf temos Gabriel Medina. O Brasil está em todos os lugares!

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